Amanda Pieranti
Desde os oito anos de idade, Rafaela de Souza reclamava de dor nas costas. “Era na região das costelas, entre os pulmões. Doía mais ainda ao respirar fundo e carregar peso. Mamãe achava serem gases intestinais e me dava remédio para isso”. Passado um tempo, a situação piorou. “Não conseguia carregar mais nem a mochila do colégio. Meus livros ficavam na escola”.
O alerta de que não era flatulência surgiu aos 13 anos, enquanto se preparava para fazer um passeio. “Quando meu pai me ajudou a amarrar o biquíni, tomou um susto, pois notou uma depressão grande nas minhas costas. Havia algo semelhante à marca de pneu de caminhão nelas, como se eu tivesse sido atropelada”.
Em vez de ir ao passeio, Rafaela foi parar no hospital, onde descobriu sofrer de escoliose idiopática juvenil, responsável pelo desvio acentuado na coluna.
Estava totalmente torta
Acometida pelo caso mais grave da doença, a indicação era cirúrgica, o mais rápido possível. “Meu pescoço pendia para um lado, e a cintura, para o outro. Eu era totalmente torta. Uma perna já estava atrofiando, sendo maior do que a outra”.
Rafaela fez três cirurgias aos 15 anos. Primeiro, a costela foi desgrudada da coluna. Depois, os pulmões tiveram de ser drenados. A última foi a correção da própria coluna. A família foi informada das possíveis sequelas pós-procedimento. “Eu podia tanto sair dela sem andar como sem conseguir engravidar”.
O pai de Rafaela era descrente em relação à oração do copo com água ungida, feita pelo Missionário, nos programas de tevê da Igreja. “Mas meu pai passou a pedir muito que Deus me curasse. Todo dia, ele colocava o copo na frente da televisão, crendo em um milagre, e, quando eu acordava, bebia. Atualmente, estou sem sequelas, minhas pernas voltaram ao normal e sou mãe de uma menina de seis anos, a Ester Vitória. Jesus é maravilhoso”.
1 Comment
Glória a Deus! Jesus é extremamente poderoso, sempre nos surpreendemos!