O alcoolismo conduzia Valdir Gomes à perdição, mas ele se desviou dessa rota. Veja como isso aconteceu
Claudia Santos
Valdir Gomes de Araújo começou a consumir bebida alcoólica na adolescência. Ele e os irmãos foram influenciados pelas amizades e pelo próprio pai, que também bebia. “Como minha família achava aquele hábito normal, ninguém se intrometia.” A dependência química durou 40 anos.
Com o dinheiro que ganhava fazendo biscates, Valdir comprava mais bebida. Quando entrou para o Exército, ele continuou desperdiçando o salário com essa prática. “Passava as noites alcoolizado. Bêbado, eu perdia o medo. Certa vez, entrei na frente de um rapaz armado, para ele não atirar em outro, durante uma discussão. Agora, percebo que Jesus já me guardava naquela época.”
Caminho parecia sem volta
Valdir se comportava assim mesmo após se casar. Devido à irresponsabilidade dele, ocorriam brigas físicas e verbais no lar. “De manhã, eu saía de casa para beber e só voltava na madrugada, depois de horas de farra. Meu casamento foi destruído, assim como a minha saúde estava sendo. Certa vez, fiquei tão embriagado que passei mal durante três dias. Nem sentia vontade de me alimentar. Além disso, vomitava muito e recusava ajuda médica.”
Nessa época, Valdir trabalhava em um local onde eram realizados cultos frequentemente. Ele participava das reuniões com assiduidade. “Gostava de ver o jeito dos evangélicos. Eu percebia tranquilidade e paz neles. Aprendi a orar antes de iniciar o expediente, e, nessas ocasiões, eles entregavam a minha vida ao Senhor.” Com essa rotina, Valdir foi perdendo o interesse pela bebida alcoólica. “Sei que minha libertação se iniciou por meio das orações do povo de Deus.”
A conversão a Jesus aconteceu de maneira inesperada. “Um dia, passeando de bicicleta, vi um templo da Igreja da Graça, e os louvores me atraíram. Aquele som me tocou, e, naquele momento, nasceu o desejo de assistir à reunião. Entrei e me rendi a Cristo.”
Valdir foi resgatado pelo Senhor, e seu casamento também. “Ele me escolheu e me deu a salvação, além de me livrar da morte. Faço parte do grupo de Evangelismo da Igreja da Graça em Barra do Piraí [Rua João Batista, 318, bairro Oficinas Velhas]. Quero levar a Jesus os necessitados.”