É essencial ter uma alimentação saudável para controlar essa doença e viver melhor. Saiba como é possível fazer isso sem sofrer por causa da dieta
Amanda Pieranti
O Brasil é o quinto país com maior incidência de pacientes diagnosticados com diabetes no mundo. São mais de 16,8 milhões de casos em pessoas entre 20 e 79 anos (10,5% da população mundial), ficando atrás somente da China, Índia, dos Estados Unidos e do Paquistão. Os dados são do Atlas de Diabetes 2021, divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), a qual estima que, em 2030, a doença atingirá 21,5 milhões de brasileiros.
Junto ao diagnóstico, é preciso mudar os hábitos em nome da saúde. Mas a nutricionista Isabela Doro Souza Barbosa tem uma boa notícia. “É possível fazer escolhas saudáveis e prazerosas. Um profissional vai adequar a alimentação ao quadro atual da doença, da rotina e das preferências alimentares do paciente. A alimentação não deve ser um fardo.”
A nutricionista ressalta que é importante individualizar o tratamento e ter em mente que, quanto maior a ingestão de alimentos naturais, melhor. “Deve-se investir em verduras, legumes, frutas e grãos integrais. Já os alimentos considerados diets e lights podem ser um ‘tiro no pé’, uma vez que a lista de ingredientes costuma ser ampla e cheia de aditivos químicos. Além disso, muitos possuem açúcar “escondido” na lista. Eles podem vir descritos com outros nomes, como maltodextrina e xarope de glicose.”
De olho nos proibidos
De acordo com a especialista, os carboidratos refinados devem ser evitados pelos diabéticos. “São eles: açúcar, produtos à base de farinha de trigo, bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados. Os alimentos naturais que possuem uma grande quantidade de carboidrato – frutas, cereais e raízes (batata, aipim, inhame) – não precisam ser retirados por completo da alimentação, mas é necessário moderação. O nutricionista que fizer o acompanhamento do paciente poderá incluir esses alimentos na dieta de forma equilibrada e individualizada.”
Se existem os proibidos ou limitados, há também o que pode ser consumido sem culpa ou prejuízo da saúde. “São as fontes de proteínas (carnes, ovos, peixe), vegetais (quanto mais verde melhor), fontes de gordura boa (azeite, castanhas, coco e grãos) e cereais integrais”, lista a nutricionista.
Geraldo Gonçalves é diabético há 15 anos. Ele descobriu a doença por acaso, em um exame de rotina na empresa. Desde então, passou a se cuidar com uma endocrinologista. “Controlo meu peso e minha alimentação, ingerindo zero açúcar, pouco carboidrato, comendo mais carnes brancas, legumes e saladas. Também deixei os refrigerantes. Assim, minhas taxas de glicemia se mantêm boas.”
Para quem tem diabetes gestacional, a recomendação de Isabela Doro é que a alimentação seja o mais natural possível. “Sem excesso de carboidrato refinado. Caprichar nos vegetais e proteínas é essencial. Além disso, preferir os carboidratos não refinados, como: arroz integral, aveia, pães integrais, frutas e raízes. O uso de adoçantes também deve ser evitado, principalmente os artificiais.”
Sugestões de guloseimas
Cocada cremosa
Ingredientes:
Modo de preparo:
Colocar tudo em uma panela em fogo médio e mexer por, mais ou menos, 10 minutos, até engrossar. Depois, só deixar esfriar.
Sorbet de frutas vermelhas
Ingredientes:
Modo de preparo:
Bata tudo no processador até ficar homogêneo e com consistência cremosa. Decore com castanhas trituradas ou nibs de cacau.