O JSF ouviu Carolina Martins, a especialista em RH mais seguida do LinkedIn, para ajudar você a dar o pontapé inicial na sua carreira
Amanda Pieranti
Em geral, o estágio é o passo inicial para o ingresso em qualquer carreira. Nessa fase, o estudante aplica, na prática, a teoria aprendida em sala de aula, tem contato com as rotinas da profissão e verifica se realmente fez a escolha certa. Carolina Martins, a especialista em Recursos Humanos mais seguida do LinkedIn, com quase 2 milhões de seguidores, aponta um dado importante – quando se formam, esses profissionais têm mais chances nos processos seletivos. “Eles já possuem vivência de mercado e conhecimento da prática.”
A página da Carolina no LinkedIn é a maior entre os perfis femininos da América Latina. Esse fato a tornou referência em RH na plataforma. A pedido do Jornal Show da Fé, essa “caçadora de talentos” traçou o perfil de estagiário recrutado pelas empresas e preparou dicas para quem precisa conseguir uma colocação no mercado. “Na maior parte dos casos, o estudante não tem experiências profissionais, então os empregadores buscam mais por competências comportamentais e técnicas comuns para a área de atuação.”
As características mais procuradas são: vontade de aprender, saber trabalhar em equipe, respeitar a hierarquia, boa comunicação, empatia e inteligência emocional.
Na parte técnica, a profissional lista outras aptidões indispensáveis: “Conhecimentos em algumas tecnologias, como o Excel, também têm sido exigência recorrente e, em certos casos, nível intermediário na língua inglesa”, aponta.
O caminho para a vaga desejada
Estando qualificado, o próximo passo é encontrar o estágio dos sonhos. Carolina Martins dá uma dica que pode fazer a diferença no início dessa caminhada. “Estar atento aos programas de estágio das universidades é uma excelente maneira de ter contato mais próximo com os professores. Além disso, a própria faculdade, muitas vezes, possui convênios com empresas que oferecem oportunidades aos alunos.”
Segundo ela, também é fundamental ter um currículo bem construído e estar presente no LinkedIn e em sites de estágio, como o Núcleo Brasileiros de Estagiários (NUBE), Estagiários.com e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Como se sair bem na entrevista
De acordo com Carolina Martins, a entrevista é uma das principais etapas do processo seletivo. “É o momento de o candidato ‘vender o seu peixe’. Conhecer a vaga ofertada e desenvolver o autoconhecimento são pilares fundamentais para se destacar quando estiver frente a frente com o recrutador.”
A especialista em RH alerta para o que pode eliminar o candidato. “O fator que mais reprova é a mentira. Dizer a verdade é primordial, tanto para conseguir a vaga quanto para se manter nela.”
Dedicação e sinceridade abriram portas para a jovem
Há pouco tempo, a estudante Juliangela Oliveira Silva, 22 anos, conseguiu seu primeiro estágio. Aluna do quinto período de Publicidade e Propaganda da Universidade Paulista (UNIP), ela encontrou a vaga no LinkedIn e se candidatou. “Desde que entrei na faculdade, procurava uma oportunidade, mas só consegui neste ano, pois comecei o curso em 2020 e logo veio a pandemia de covid-19”, lembra-se.
Ela sempre acompanhou sites de dicas para entrevistas e, quando chegou a hora de ser avaliada, estava preparada. “Pesquisei a história da empresa, o ramo, tentei entender o que precisavam, segundo a descrição da vaga, e pensei no que tinha de experiência para que eu pudesse me destacar”, afirma.
Juliangela foi honesta em todas as fases da seleção. “Só pensei em manter a postura e ser sincera. Afinal, a empresa me contrataria por ser quem eu sou, não por uma invenção de mim mesma.”
Na segunda etapa do processo seletivo, a moça precisou fazer um teste em um editor de imagens e, novamente, foi verdadeira com o recrutador, além de ter “vendido seu próprio peixe”, conforme orienta Camila Martins. “Eu não sabia muito sobre os programas, então estudei bastante para completar o teste e, na segunda entrevista, disse que o meu conhecimento era básico, porém eu aprendia rápido.”
Tudo isso a fez vitoriosa: “Eles gostaram do resultado da avaliação, e minhas habilidades em artes me ajudaram a conseguir a vaga”, diz Juliangela, que trabalha de segunda a sexta, seis horas por dia, em seu estágio remunerado.
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