Claudia Santos
Durante dez anos, Jorge Luiz Fernandes acompanhou a rotina de sua esposa, Valdete de Carvalho, que sofria de diabetes. Porém, a situação piorou quando a perna direita dela começou a inchar. “Minha mulher sentia dificuldades para se locomover”, lembra-se o marido.
Com isso, o dia a dia de Jorge também mudou, pois ele passou a ajudá-la nos afazeres domésticos. “Eu via como estava difícil para ela realizar qualquer tarefa, então achei melhor evitar que se esforçasse.”
Apesar dos cuidados da família com Valdete, um dia, ela escorregou ao tomar banho, e a queda agravou o estado da perna prejudicada. Ao ser levada ao hospital, Valdete recebeu o diagnóstico de trombose.
A internação foi imediata, e a amputação do membro foi cogitada, devido ao estado avançado da doença. “Sem me importar com quem estava olhando, dobrei meus joelhos ali, na unidade de saúde, e supliquei a Deus que paralisasse aquele mal”, recorda-se o cônjuge.
Em visita à esposa, Jorge percebeu que outras pacientes, internadas com a mesma doença, tiveram as pernas amputadas. “Contabilizei umas seis mulheres submetidas a essa cirurgia. Ainda assim, determinei que Valdete não seria a sétima.”
Pouco tempo após o clamor do marido, a perna de Valdete desinchou, e os médicos descartaram a hipótese de amputação. A trombose desapareceu, e Valdete teve alta. “Antes, minha esposa enfrentava limitações, mas, hoje, ela vai até à Igreja sozinha. Jesus me ouviu”, comemora.