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Com muita mágoa e raiva, Edi Dutra estava decidida a matar um de seus desafetos. Chegou a planejar cada detalhe, mas algo a impediu
Claudia Santos
Um sentimento impedia Edi Dutra de ser feliz: ela guardava mágoa de duas pessoas bem próximas. Foram 30 anos assim. “Eu sabia que aquele sentimento não era bom, e até tentava interagir com elas para manter uma boa convivência. Mas a paz entre nós durava apenas dois dias, no máximo”, lembra-se.
Na convivência com essas pessoas, Edi percebia que doava muito de si, sem obter reconhecimento algum. “Cobravam de mim fidelidade e amizade, dentre outras coisas. Porém, qualquer falha minha era duramente condenada. Para tentar manter distância, eu as tirava das redes sociais e ficava um bom tempo sem interagir. Quando retornava o contato, começavam todos os problemas novamente. Eu chorava muito, pois isso me entristecia, e comecei a dar brechas para o diabo entrar no meu coração.”
Apesar de já ser evangélica e frequentar outra denominação, Edi começou a ter pensamentos diabólicos. “Passei a arquitetar a morte de uma delas. Fiquei 20 dias seguidos pensando na melhor maneira de cometer o assassinato. Eu me sentava na cama e premeditava passo a passo, cada detalhe.”
Mesmo ciente de que estava sofrendo influência maligna, ela prosseguia decidida a concretizar seu plano, sem pensar nas consequências. “Eu comentava isso com a própria pessoa, e ela dava gargalhadas. Ou seja, não acreditava nessa possibilidade e achava engraçado.”
Um plano perfeito e o perdão
Foi justamente quando Edi pensou ter descoberto uma forma eficaz de cometer o crime que começou a se sentir tocada pelo Espírito Santo. “Era como se Ele falasse ao meu coração que eu precisava mudar. E eu conversava mesmo com Ele, explicando que sentia muita raiva. Como resposta do Pai, o que vinha em minha mente era a necessidade de liberar perdão.”
Nessa época, ela conheceu o programa Show da Fé, e decidiu orar e jejuar, mesmo sem forças. “Aprendi mais sobre a Palavra de Deus e a determinar minha libertação de todos os pensamentos malignos. Dessa maneira, Deus começou a agir. Procurei a Igreja da Graça, fui liberta e perdoei essas pessoas. Hoje, até me assusto quando me lembro de já ter nutrido um sentimento tão maligno. Agora, a minha missão é orar pelas pessoas que têm dificuldade de perdoar.”
Edi é membro da Igreja da Graça em Tatuquara – Rua Deputado Vidal Vanhoni, 1.324 – Paraná