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Essa descrição, feita por Antônio Jorge, refere-se ao bar onde ele trabalhava. Em vez de dar lucro, o local se tornou em um antro de prostituição e drogas
Claudia Maria
No bar sob sua direção, Antônio Jorge Souza alimentava seu vício em bebida alcoólica. “Eu já bebia desde os dez anos de idade, pois vivia pelas ruas com más companhias, que me apresentaram também às drogas: sintéticas, cocaína, ‘cheirinho da Loló’ e cigarro”, lembra-se ele.
Nessa época, Antônio começava a consumir álcool na sexta-feira e só parava na segunda. “Meus pais me aconselhavam, mas eu nem dava ouvidos. Para eles não acompanharem minha vida desregrada, saí de casa aos 14 anos para trabalhar em uma marcenaria e fui morar em um barraco na favela.”
Após Antônio alugar o espaço para funcionar o bar, tudo piorou. “O local se tornou em um antro de prostituição e drogas. A nata do crime vivia lá. Da mesma forma que o dinheiro entrava no meu negócio, saía, pois o estabelecimento ficava aberto 24 horas, mas eu só gastava com os vícios. Constantemente, eu usava o banheiro para me drogar. Foram 35 anos nessa vida.”
Metido a valentão
Além do envolvimento com drogas e bebida, Antônio só andava com uma arma na cintura para intimidar as pessoas. “Eu não levava desaforos para casa. Sempre estava envolvido em uma briga. Certa vez, quase fui preso, pois teve uma incursão policial no local onde eu estava bebendo e me drogando. Saí correndo e escapei”, lembra-se ele, que, um dia, chegou a vomitar sangue e a ficar três dias internado. “Quando tive alta, voltei a fazer tudo de novo. Estava aprisionado nas trevas.”
Durante uma das muitas brigas em que se envolveu, Antônio deixou a outra pessoa desmaiada. “Um conhecido presenciou tudo e me convidou para visitar a Igreja da Graça. “Aceitei, mas, durante o culto, o pastor pregou uma palavra direcionada a mim, e achei que aquele homem que me levou havia contado a minha vida para o pregador. Pensei: ao término desta reunião, vou dar uma surra nele.”
E o culto foi se estendendo. “Cada vez mais, eu dava atenção àquelas palavras. Percebi que ele falava coisas que só Deus sabia, e era impossível alguém ter lhe contado. Entendi que o Altíssimo estava falando comigo. Continuei frequentando a IIGD e, de repente, decidi entregar minha vida ao Senhor. Avisei aos meus familiares que não queria saber mais das antigas práticas e fui transformado. Parei de usar arma e abandonei o bar com tudo o que tinha dentro.”
Andando com Jesus, uma nova porta de trabalho foi aberta para Antônio, que, há nove anos, é membro da IIGD. “Só tenho a agradecer a Jesus pela minha nova história.”
A IIGD na Bahia (Rua Carlos Gomes, 980) é liderada pelo Pr. Paulo Henrique Miranda, o Gigante da Fé.