Após se envolver com drogas na adolescência, Silfrance perdeu a direção da sua vida. Mas, em Cristo, ele reencontrou o rumo e obteve sucesso profissional
Claudia Santos
Dos 8 aos 14 anos, Silfrance Monteiro Torres trabalhou com o padrasto em uma oficina mecânica. “Adquiri noções desse ramo, e, mais tarde, essa experiência contribuiu para a minha formação”, lembra-se ele.
Porém, no início da adolescência, o rapaz seguiu uma vereda obscura. “Eu me tornei dependente químico e decidi mudar de cidade. No novo local, reencontrei meu pai.”
Apesar de se manter ocupado com o trabalho conseguido pelo pai, Silfrance se envolveu, cada vez mais, com substâncias ilícitas, inclusive com o crack. “Meu dinheiro nunca era suficiente para as minhas despesas, pois eu gastava tudo com drogas. Estava dependente e tinha raiva de mim”. Mais uma vez, ele decidiu ir para um lugar distante.
Nova vida
No outro município, o rapaz não encontrou trabalho. Sem conseguir evitar as drogas, ele pedia dinheiro à mãe. “Mas ela não sabia que eu gastaria com os vícios.”
Isso durou até o dia em que Silfrance recebeu um convite para participar de uma reunião na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD). “Eu estava de bermuda, e não queria ir. Contudo, o jovem que me convidou disse que eu poderia participar do culto daquele jeito mesmo. Quando cheguei ao local, senti uma alegria inédita. Após ouvir a Palavra, eu me rendi a Jesus. Ganhei uma nova vida e nunca mais me droguei.”
Liberto, Silfrance conseguiu um emprego na produção de pneus de caminhão. Depois, atuou vendendo roupas e, por último, como motorista de aplicativo. No entanto, desejava ter seu negócio e pedia a Jesus que o direcionasse. “Um dia, fiz um curso de mecânico, com o intuito de consertar meu carro. Era caro, mas, como Deus estava no controle, consegui pagar parcelado, dentro do meu orçamento.”
Negócio de sucesso
Silfrance encontrou, como mecânico, o sucesso profissional que tanto pediu ao Senhor. “Antes mesmo de concluir o curso, apareceu um rapaz querendo consertar o veículo dele, mas eu não possuía as máquinas para realizar o serviço. Então, fiz uma proposta: ele compraria o material, e eu abateria o valor no preço do reparo.”
O comerciante usou a mesma estratégia com outros clientes até se formar e adquirir os equipamentos necessários para seu ofício, iniciado na garagem de casa. “Eram muitos carros para consertar, e eles não podiam ficar na rua. Então, aluguei um galpão, onde abri minha oficina e contratei um ajudante.”
Há quatro anos em seu estabelecimento, Silfrance colhe os frutos do seu trabalho. “Tenho casa própria mobiliada, carro novo, terreno e viajo com minha família. Mesmo durante a pandemia, prosperei, pois não faltou serviço, graças a Deus”, diz ele, que é membro da IIGD em Caruaru (PE), situada na Rua Rio Branco, 365, bairro Nossa Senhora das Dores.