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Adalberto Santos perdeu a família, quase destruiu a carreira militar dele e pensou em suicídio quando era dependente químico
Amanda Pieranti
Adalberto Santos da Silva teve o primeiro contato com a maconha ainda na adolescência. Aos 22 anos, consumia álcool e cocaína diariamente. Depois de casado, continuou no mundo das drogas, ficando ausente de casa por muitos dias. Cansada dessa rotina, sua esposa foi embora com os filhos, deixando-o em depressão e com pensamentos suicidas.
Em estágio avançado da dependência química, ele abandonou a carreira militar e passou a mendigar nas ruas. “Morei debaixo de uma passarela com usuários de crack. Dormia sobre tábuas de guarda-roupas, papelão, ou em cima de farrapos, e me alimentava de restos de comida encontrados no lixo. Emagreci demais”, diz ele, que consumia cocaína toda noite. “Passei a sangrar pelo nariz, pela boca ao tossir e pelas fezes.”
Durante seu declínio emocional, Adalberto aceitou ser internado em clínicas de reabilitação, mas tinha recaídas. A última tentativa de se purificar aconteceu em 2010, quando ele ficou muito doente e procurou um hospital. “Já estava sofrendo de insônia e ansiedade. Pedi ajuda, e me internaram novamente em uma clínica para dependentes químicos.”
Libertação e restauração do casamento
Nesse período, Adalberto retomou o contato com a família. “Ganhei uma Bíblia, que lia com frequência. Na clínica, fazíamos um grupo de oração e, além de estudar a Palavra, conversávamos sobre nossos problemas. Quando Deus assumiu o controle do tratamento, fez toda a diferença. Eu precisava dEle para me libertar. Na última alta, estava pronto para restaurar minha vida.”
Foi quando Adalberto começou a frequentar a Igreja Internacional da Graça de Deus em Marechal Hermes (RJ). “Eu ia a todos os cultos. Fiquei mais próximo da minha mãe e até da minha sogra [na época, ele ainda estava separado da esposa].”
Depois, Adalberto conheceu a IIGD em Bangu (RJ), onde congrega atualmente. “A Igreja representou o degrau para minha libertação, pois tive mais contato com a Palavra. Eu me reaproximei da minha mulher, passamos a nos ver e conversar mais, e o Senhor permitiu que reatássemos.”
A recuperação
Adalberto é incansável em testemunhar o que o Altíssimo fez em sua vida. “Quando me afastei do Exército, não dei baixa. A bênção de Deus foi tanta que pude permanecer na carreira militar, porque comprovei que estive doente e fui aposentado como sargento.”
Hoje ele é um homem próspero e tem um comércio. Porém, o melhor de tudo foi ter recuperado o respeito dos que o cercam. “Não sou mais o Adalberto dependente químico, e sim o Adalberto recuperado. Fui ao fundo do poço; podia ter morrido de overdose, ou ter sido assassinado por traficantes, mas Cristo me deu a vitória. Vivo em paz com minha família.”
A IIGD Bangu, liderada pelo Pr. Ednilson Lima, fica na Rua Coronel Tamarindo, 2.030 – Rio de Janeiro.