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Claudia Santos
José Anacleto da Silva Belo perdeu o pai na adolescência e precisou trabalhar para ajudar no sustento da família. Sua primeira experiência foi em um supermercado, levando as sacolas de compras até a casa ou o carro dos clientes. Depois, passou a lavar o veículo deles, conquistando uma boa freguesia. As pessoas pagavam qualquer valor pela limpeza dos automóveis, e a quantia auxiliava bastante nas despesas de casa. Porém, esses serviços só eram feitos após a chegada dele da escola, que não deixou de estudar por incentivo da mãe.
Foi lavando o carro de um freguês, que José conseguiu seu primeiro emprego de carteira assinada. “Ele ficou observando o zelo com que eu limpava o veículo. Gostou tanto do meu empenho que perguntou se eu queria trabalhar na loja de autopeças dele. Aceitei o convite, e o moço foi conversar com a minha mãe. Ele falou do interesse de me contratar e perguntou se ela poderia transferir o horário do meu colégio para o turno da noite.”
A mãe de José concordou, e a vida dele começou a mudar. “Na loja, comecei trabalhando na limpeza, fazendo pequenos pagamentos e também lavando o carro do patrão. Com o salário fixo, pude ajudar ainda mais a minha família”, conta ele, que, na época, morava em Caruaru, Pernambuco.
Bebida, jogos e traição
Após José passar alguns anos fazendo pequenos serviços e aprendendo a rotina do estabelecimento, o patrão resolveu apostar no talento de comunicação do funcionário, que começou a trabalhar como vendedor. “Nessa nova função, eu ganhava salário e comissão. Minha situação financeira melhorou bastante. Pude me casar e tive dois filhos.”
Depois de cinco anos nessa empresa, José aceitou uma proposta de trabalho em uma loja do mesmo ramo em Recife, capital pernambucana. “Ganhava muito bem, mas, com a mudança de cidade, passei a ter uma vida desregrada. Gastava boa parte do meu dinheiro com jogos, prostituição e bebida.”
Tempos mais tarde, o rapaz virou sócio do irmão, e eles abriram uma loja. “No entanto, por causa da bebida e da dependência de jogos, eu deixava de dar atenção ao negócio, que não prosperava. Aborrecido com a situação, meu irmão desfez a sociedade e devolveu o valor que eu tinha investido. Foi com esse capital que abri um novo estabelecimento.”
Mensagem de R.R. Soares ajudou na mudança de vida
Quando inaugurou sua loja de autopeças, José não contratou funcionários, trabalhava apenas com a esposa e os filhos. No início, tudo foi bem, e o negócio atraía muitos clientes. Porém, novamente, a vida desregrada o impediu de prosperar. Ele continuou gastando dinheiro com bebida e jogos e, depois de algum tempo, não conseguiu mais repor o estoque de mercadorias. “Com isso, perdi boa parte da clientela e fiquei endividado. A luz da loja foi cortada várias vezes por falta de pagamento.”
Além da crise no empreendimento, as brigas com a mulher se tornaram constantes, devido às traições e à falta de dinheiro para pagar contas básicas. “Meu casamento só não acabou porque minha esposa já servia a Cristo, era sábia, paciente e orava para que Ele me resgatasse daquela vida. E o Senhor a atendeu.”
Uma noite, depois do jantar, José ligou a televisão, e estava passando o programa Show da Fé com o Missionário R. R. Soares. “As palavras dele pareciam direcionadas para mim, e decidi participar de uma reunião na Igreja da Graça. Minha esposa, que era de outra denominação, foi comigo. Naquele culto, eu me rendi a Cristo e, em pouco tempo, fui liberto da dependência de jogo e da bebida e parei de trair minha mulher.”
Segundo José, após a libertação, suas finanças também começaram a melhorar. “Passei a dar mais atenção à loja e, com o dinheiro que entrava, eu comprava mercadoria nova. Assim, fui recuperando os clientes, e o negócio alavancou. Hoje, tenho uma vida financeira estabilizada. Conquistei um bom apartamento, formei meus filhos e comprei carros novos para eles. Agradeço a Deus tudo o que Ele fez por mim”, ressalta o comerciante, que expandiu a loja.
José Anacleto é obreiro na sede estadual da Igreja da Graça em Pernambuco, que fica na Avenida Cruz Cabugá, 165 – Recife, liderada pelo Pr. Paulo Sabino.