Com três hérnias na coluna, Marcos Irineu não podia andar direito, e o risco de usar cadeira de rodas era grande
Claudia Santos
Três hérnias de disco na coluna limitaram os movimentos de Marcos Irineu Toporosky em 2006. “Descobri essa doença após minhas pernas travarem. Foram seis meses de sofrimento, sem poder andar nem mesmo tossir, pois as dores pareciam me alfinetar”.
Naquela situação, Marcos mal conseguia dormir. “Eu não tinha posição adequada para me deitar. Ficar de pé só era possível durante cinco minutos. Os médicos apontaram a necessidade de uma cirurgia urgente”. Porém, sem condições financeiras para pagar hospital particular, ele teria de aguardar vaga na rede pública de saúde.
Constrangimento
Marcos ainda enfrentava outra situação: ao sair à rua, levava um banquinho. “Quando a dor vinha forte, eu me sentava onde estivesse. Além disso, a cada 10 metros, em média, eu me abaixava, fingindo amarrar o tênis, para aliviar o sintoma”.
O constrangimento era inevitável. “Eu andava meio corcunda, e as pessoas debochavam da minha postura. Isso me estressava. Em uma época, cheguei a tomar calmante, porque, quanto mais agitado, mais a coluna doía.”
Mesmo indicando cirurgia, o neurocirurgião não dava garantias de cura após o procedimento. “De acordo com o especialista, a cada dez pacientes operados, a probabilidade é de três usarem cadeira de rodas. No meu caso, a doença estava avançada, pois levaram bastante tempo para diagnosticá-la, diminuindo a chance de sucesso na intervenção.”
Esperança e fé
Telespectador assíduo das programações da Igreja Internacional da Graça de Deus na TV, Marcos aprendeu a buscar o milagre. Um dia, ele sentiu sua fé ser fortalecida ao ouvir R. R. Soares dizer que Deus estava no controle, e a vida não havia acabado. Após essa mensagem, Marcos saiu da cama, dobrou os joelhos com dificuldade e conversou com o Senhor. “Após a oração, já me senti melhor.”
Desde aquela ocasião, as dores desapareceram. “Não precisei mais me agachar na rua e voltei a andar até de bicicleta”, diz ele, que é membro da Igreja da Graça.
“Depois, refiz os exames, e me perguntaram até se eu tinha feito a cirurgia, pois anormalidade alguma foi encontrada na minha coluna. Isso aconteceu há mais de 15 anos, e nunca mais tive problemas. Foi um grande milagre.”