Claudia Santos
Aos três anos de idade, Jariéli Gomes Agnes Machado desenvolveu o hábito de arrancar os próprios cabelos. A menina sofria de tricotilomania – impulso incontrolável de arrancar pelos de várias partes do corpo ou tufos de cabelo.
De acordo com Jariéli, apesar de achar estranha a atitude, sua mãe não procurou ajuda profissional, pois pensava que o problema seria resolvido com o passar do tempo. “Como eu tinha falhas nos cabelos, ela me levava apenas para cortá-los.”
O quadro piorava a cada dia. “Com o passar dos anos, eu arrancava mais fios e os colocava nos bolsos. As frases que eu mais ouvia eram: ‘Menina, tire a mão do cabelo!’ e ‘Não faça isso!’. No entanto, continuei com aquela mania mesmo depois de casada. Procurei uma psicóloga, mas abandonei o tratamento.”
O distúrbio se manifestava sem motivo aparente. Jariéli afirma que, se estivesse ansiosa ou estressada, arrancava mais. “Essa atitude me deixava aliviada. Era um prazer me submeter àquela situação. Eu nem sentia dor no couro cabeludo”.
Casamento por um fio
As consequências da tricotilomania afetavam a vida amorosa de Jariéli. “Meu marido já havia perdido a paciência. Ele queria que eu me consultasse com um especialista novamente, mas eu descartava essa ideia. Então, vivíamos discutindo.” Ele pensava em pedir o divórcio se eu não procurasse ajuda profissional. “Porém, eu lhe dizia que aquela prática fazia parte de mim e que ele era obrigado a aceitar, pois havia me conhecido assim.”
Apesar de ter nascido em um lar evangélico, a jovem demorou a perceber o aspecto espiritual daquele costume. “Um dia, notei que era algo maligno.” A partir de então, Jariéli resolveu buscar a Deus.
“Orava em casa e nos cultos de domingo, e Deus me libertou. A vontade de arrancar os cabelos desapareceu, e meu casamento foi restaurado. Há um ano e meio, estou livre desse tormento que me assolou desde a infância”, comemora a moça, membro da Igreja da Graça de Santa Rosa (Avenida Tuparendi, 300, centro – RS).
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Glória a Deus!!!! O Senhor é um Deus de milagres!