Amanda Pieranti
O convívio de Eunice Lauro da Silva com o neto era regado com amor, carinho, respeito e compreensão. Os dois conversavam bastante. “Ele gostava de me ouvir falar sobre meu pai, bisavô dele, já falecido, e dos outros familiares. Amoroso, perguntava como eu estava e pedia a minha bênção”.
No entanto, o rapaz mudou de comportamento ao fazer amizade com pessoas de má índole. Ele ficou rebelde e passou a usar drogas, deixando a família em choque. “Muitas vezes, minha filha ia buscá-lo nas bocas de fumo, um sofrimento para ela. Procurava ajudar, orientando-o a largar aquela forma de proceder, cuja consequência pode ser a morte. E lhe dizia: ninguém prospera no caminho errado”.
“Uma avó nunca desiste do neto”
Além de aconselhar o jovem, Eunice suplicava pela libertação dele, assistindo aos programas de televisão da Igreja da Graça, principalmente ao SOS da Fé. “Orava e consagrava as garrafas de água ao Senhor. Depois, colocava-as na geladeira para ele beber quando chegasse de noite, pois morava comigo. Também ungia os pés e a cabeça dele com azeite abençoado”.
Ela passou quase um ano nesse propósito, e o Altíssimo foi agindo na vida do rapaz. “Ele começou a me pedir oração antes de sair, porque sabia dos perigos de quem usa entorpecentes. E o Senhor lhe concedeu muitos livramentos de morte, até libertá-lo completamente”.
Hoje, o neto de Eunice é um homem de bem e agradece o carinho, as orientações e o clamor dela. “Uma avó nunca desiste do neto. Ele sempre diz estar arrependido do que fez. E eu, a todo instante, digo-lhe que ainda há bastante tempo para estudar, conseguir um bom emprego e conquistar coisas importantes, pois, com Deus, ele terá tudo”.