Claudia Santos
Maria José Santos Ferreira padeceu de transtorno de ansiedade durante 20 anos. Nem remédios controlados surtiam efeito. “Se eu fosse fazer algo no outro dia, sofria antecipadamente”, desabafa.
Quando seu filho adoeceu aos seis anos, ela piorou. “Ele foi diagnosticado com anemia profunda. Segundo o especialista, era caso de internação e transfusão de sangue. Meu menino estava com apenas 25 mil plaquetas, mas o normal é acima de 150 mil”.
Maria decidiu repetir o exame, e o choque foi maior. “Dessa vez, o resultado apontou leucemia. O mundo parecia estar desabando”. Análises complementares confirmaram a doença.
“Foram, praticamente, seis anos dentro do hospital com o meu filho fazendo radioterapia e quimioterapia. Perdi até as contas da quantidade de sessões. Sem conhecer o Senhor ainda, sentia-me cansada daquela luta incessante”.
“Meu filho seria o próximo?”
A rotina de Maria era entre idas e vindas ao hospital, para cuidar do menino, e ao consultório de Psicologia, a fim de tratar da saúde emocional dela. “Sem forças, decidi procurar ajuda profissional”, recorda-se.
Apesar de apoiá-la, o marido de Maria não tinha coragem de acompanhar o tratamento do garoto. Então, ela passou por todo esse processo doloroso sozinha. “Eu chorava no banheiro do hospital, para meu filho não ver. Queria passar forças a ele”.
Seguindo uma rotina dentro da unidade hospitalar, Maria fez amizades com outras mães de pacientes com leucemia. “Vi muitas crianças falecerem. Isso me fazia questionar se o meu filho seria o próximo a morrer”.
Um dia, ela foi evangelizada e conheceu Jesus. “Após ouvir aquelas palavras de fé, senti o desejo de visitar a Igreja. Participei do culto de mulheres e aceitei a Cristo. Aprendi a determinar as bênçãos, e o Senhor me curou das crises de ansiedade. Nada mais me deixava aflita”.
Logo depois, foi a vez da cura da leucemia. “Em pouco tempo, as sessões do tratamento foram suspensas. Ele ficou em observação durante alguns anos, até obter alta médica. Hoje, meu filho tem 26 anos e é saudável”.