Claudia de Souza tinha poucas chances de se recuperar da covid-19. Saiba como esse prognóstico foi mudado
Claudia Santos
Desde o início da pandemia, em 2020, o novo coronavírus contaminou milhões de pessoas em todo o globo, causando sofrimento e medo a famílias como a de Claudia de Souza Vaz Ferreira. O drama vivido por ela começou quando sua filha contraiu covid-19 na escola. “Eu e meu marido também fomos infectados. Ela e o pai apresentaram sintomas leves, mas o meu caso foi grave. Tive febre, fraqueza e falta de ar.”
Ao ser levada à emergência, os exames constataram que 30% do pulmão de Claudia estava comprometido. “Fiquei internada durante três dias, e, como minha temperatura corporal normalizou e não tive mais dificuldade para respirar, recebi alta. O médico me liberou sem prescrever remédio. No entanto, após cinco dias, a situação se agravou, e eu não conseguia mais andar.”
De volta ao pronto-socorro, novos laudos comprovaram que a infecção já tinha afetado 85% do pulmão de Claudia. “Eu estava com pneumonia, mas, no local em que fui atendida, não havia vaga para internação. Tive de ser transferida para outro hospital, onde me colocaram no respirador.”
Confiança em Deus
Durante a internação, a falta de ar piorou, e Claudia precisou ser entubada. Segundo os médicos, ela estava sofrendo de atelectasia – complicação respiratória que impede a passagem de ar suficiente devido ao colapso dos alvéolos pulmonares. “Eles disseram que meu pulmão estava colando, e eu corria o risco de morrer”, lembra-se.
Antes de os profissionais iniciarem a entubação, ela ligou para o marido avisando o que estava acontecendo e orou. “Confiei que o Altíssimo estava no controle da situação e entreguei minha saúde nas mãos dEle. Falei para Jesus que queria viver, criar minha filha e cuidar do meu esposo e do meu ministério”, revela Claudia, pastora da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no bairro Jardim Paulista, em Campinas Grande do Sul (PR).
Ela ficou 15 dias entubada, e, nesse período, o marido, os familiares, amigos, obreiros e membros da IIGD intercederam pela recuperação dela. “Meu esposo clamava assistindo ao programa do Missionário R. R. Soares e tomava a água consagrada em prol da minha recuperação. Um dia, ele levou cerca de cem pessoas para suplicar pela minha saúde e pela dos outros pacientes do lado de fora do hospital, e melhorei.”
Vitória completa
O processo de extubação foi outra batalha, pois, além de os tubos a incomodarem, escorria uma secreção amarelada do corte da traqueostomia. “Eles ficavam roçando na minha garganta, causando ânsia de vômito. Em apenas uma manhã, vomitei sete vezes. Também não dormia direito, pois estava agitada e só me alimentava pela sonda.”
Devido ao quadro apresentado por Claudia, alguns profissionais da área médica não acreditavam que ela sobreviveria. “Confiei em Deus e, dois dias após a retirada dos tubos, melhorei bastante. Consegui me sentar e me locomover na cadeira de rodas. Em um mês, estava curada, sem necessidade de fisioterapia, e recebi alta. Vi a morte de perto, mas Jesus me salvou.”
Em poucos dias, a pastora retornou às atividades ministeriais na IIGD. “Nosso viver está nas mãos do Todo-Poderoso, e sou grata a Ele, que me deu essa nova chance. Louvo a Deus pela vida do meu esposo e das pessoas que clamaram por mim”, finaliza.
A Igreja da Graça em Campinas Grande do Sul (PR) fica na Rua Duilio Calderari, 2.339 – Jardim Paulista.